“O
verdadeiro mal não é a desigualdade: é a dependência. Pouco importa chamar-se
tal homem Sua Alteza, Excelência, tal outro Sua Santidade. Duro, porém, é
servir um ao outro. (Voltaire, p. 295).
Só na democracia transparente é que serviremos nós mesmos!
Já falei antes no texto Sobre a Sociedade, o Estado, o Povo, onde aduzi:
“Portanto,
a parte corrupta não explica o todo, e aquele que não puder atirar a primeira
pedra porque pecou, tem sim o direito de ver a Composição/Estado, como a parte
imaculada da sociedade.”
A falta de transparência gera a dependência e
por sua vez a desigualdade.
A Desigualdade pode ser combatida com a Transparência e lisura do Estado enquanto cláusula pétrea natural e fundamental.
A Desigualdade pode ser combatida com a Transparência e lisura do Estado enquanto cláusula pétrea natural e fundamental.
*Entendo
como pétrea e natural a cláusula implícita que não precisa constar escrita num
papel, bem como e o direito natural que possuímos de banir a corrupção e
corruptos e o governo da desigualdade independentemente de constar em texto
constitucional.
No que tange
ao dilema desigualdade todos nós sentimos concretamente algum tipo de
desigualdade. Até no lado estético. Se eu for feio por natureza nada posso
exigir do governo para reparar esta desigualdade com o belo. No máximo
procurarei um cirurgião plástico.
De maneira ordinária, os fatos que causam
conforto ou desconforto, e que podem ser evitados ou partilhados num ambiente
comum dentro da sociedade e que por sua vez podem sofrer a correção ou melhoria
através do Estado, têm grande parte da fundamentação apoiada na desigualdade,
pois geram a dependência. A escola procura elevar a educação num padrão
nacional e por sua vez mundial, evitando a desigualdade.
Mas quando eu contribuo por 39 anos pagando minha contribuição previdenciária sobre o total de minha remuneração e chego à almejada aposentação, no entanto, ficando na iminência de redução real do valor de minha paridade, pois sob a invenção de artimanhas e criação de penduricalhos, gratificações e verbas indenizatórias na carreira paradigma, logicamente, estou sofrendo a mais severa “desigualdade”. Mas não pára aqui, vemos que noutros fatores reais contidos na vida em sociedade, dentro do estado organizado, podemos observar exemplos de práticas de desigualdades, seja na saúde, educação, trabalho...
Mas quando eu contribuo por 39 anos pagando minha contribuição previdenciária sobre o total de minha remuneração e chego à almejada aposentação, no entanto, ficando na iminência de redução real do valor de minha paridade, pois sob a invenção de artimanhas e criação de penduricalhos, gratificações e verbas indenizatórias na carreira paradigma, logicamente, estou sofrendo a mais severa “desigualdade”. Mas não pára aqui, vemos que noutros fatores reais contidos na vida em sociedade, dentro do estado organizado, podemos observar exemplos de práticas de desigualdades, seja na saúde, educação, trabalho...
“Então para mim começou a se estabelecer um
Governo da desigualdade.” e eu não quero apoiar um governo da desigualdade.
Quero que saia sim, preferencialmente pelo voto, mas pode também através de
outros mecanismos constitucionais.
Critico alguns homens que permanecem no estado natural de que gozam os quadrúpedes, aves, repteis e os insetos, pois acho que vivem felizes e a dominação efetiva ou ideológica é quimera para eles, já que possuem leitos como os gansos e capros monteses. Então para essa espécie, para que servidores? Se não tem necessidades de nenhum serviço no seu habitat, já que apenas votam como hábito, pois a cada parte da década, retornam em bando, matilhas ou até enxames, ao habitat temporário para depositar o óbolo/voto na urna, salvando a espécie natural por mais tal período sem insurgência reflexiva, já que supostamente pertenço a classe de meus naturalmente iguais do mesmo alinhamento ideológico! Posso até ser repontado numa passeata espontaneamente ou pago com mínimas moedas, para impedir a saída e permanência do governante que eu votei, ainda que sob notória corrupção e desvios, pois somos rebanhos de corpos adestrados por ideologias, nada mais!
Não podemos mais aceitar que os limites
objetivos e subjetivos dos cidadãos sejam ditados pelos comandantes,
interesseiros, tecnocratas politiqueiros, por Ongs, sindicatos, minorias,
maiorias, pagas, etc. Devemos sim exigir em nome da sociedade a igualdade da
coisa pública.
Dar um basta no regime em que o Estado vigia as
pessoas e não o cidadão sobre o estado. Chega das nossas receitas/tributos
serem recolhidas e escondidas, e os pagamentos de verbas serem camufladas em
vantagens distribuídas, com desvios de finalidades de bens e serviços, bem como
na cruel corrupção. Chega de pensar que a democracia é apenas o momento do
voto. A democracia nunca se resumiu apenas no voto, mas sim está lastreada num
governo do povo, pelo povo e para o povo. A democracia tem que possuir
mecanismo de afastar os maus administradores e malfeitores, seja de qual for o
poder, executivo, legislativo, judiciário, ministério público, advocacia
pública, polícia, etc.,. Estabelecer o império da “transparência e lisura como
cláusula pétrea fundamental, enquanto direito natural” na sustentação de uma
verdadeira democracia e controle social.
Milton Luiz Gazaniga de Oliveira
Em pauta a desigualdade como mazela política
ResponderExcluir“O verdadeiro mal não é a desigualdade: é a dependência. Pouco importa chamar-se tal homem Sua Alteza, Excelência, tal outro Sua Santidade. Duro, porém, é servir um ao outro. (Voltaire, p. 295).
Todos nós sentimos concretamente algum tipo de desigualdade. Até no lado estético. Se eu for feio por natureza nada posso exigir do governo para reparar esta desigualdade com o belo. No máximo procurarei um cirurgião plástico.
Mas quando a desigualdade começa com o desrespeito à Constituição. “Então para mim começou a se estabelecer um Governo da desigualdade.” e eu não quero apoiar um governo da desigualdade. Quero que saia sim, preferencialmente pelo voto, mas pode também através de outros mecanismos constitucionais.