1-
O Homem denominado Líder Político Tirano é quase sempre mais amado do que o Democrata!
Assim também acontece na síndrome de Estocolmo!
-Mas
o tirano faz uso do discurso social, porém, nunca age pelo social, senão
atingindo os psíquicos
inconscientes, seja pela força ou pelo
assédio doutrinário que porta, impondo assim a obediência. Se diz transformador das lamentações
do povo, uma vez que elas decorrem das sensibilidades expostas, pois as
sensibilidades estão presentes em todas as pessoas e também nos animais. Já a
sabedoria não, presente apenas nas pessoas. O Líder supra sempre cultua a falácia de mudar uma realidade. Diz que essa situação de pobreza e miséria foi imposta por
causas exógenas (imperialismo, capitalismo, exploração) ao seu meio social que supostamente afeta esses sujeitos reais, agora supostamente por ele defendido. Elege inimigos, contudo, essa mesma
realidade torna-se cada vez mais decadente. Ocorre que o discurso do ditador tem que ter
base material na realidade do grupo dominado, mediante a renovação eterna dos
fatores exógenos justificando a perpetua luta contra um inimigo eleito e certo que acima descrevi,
mas dizem ser o desafeto inatingível isoladamente pelos indivíduos enquanto por via de ações subjetivas e autônomas, senão pela união
com o tal líder carismático! Pois a subjetividade moral para eles é dependente da
moral externa. Contudo, com essa estratégia se pretende dominar o todo pela tirania de liderança, não aceitando a
autonomia da moral, senão ao imanente agir pela dita consciência coletiva.
2-A
democracia apenas do voto é parcial, pois somente a transparência é a vitamina da sua força, uma vez que o obscurantismo na democracia
transforma o Estado ou em tirania do voto ao líder, ou numa oligarquia da corrupção,
sem a visibilidade e legibilidade das contas públicas, para os políticos e
corporações se eternizarem no poder!
3-
Onde termina a vigilância, transparência e legibilidade dos atos e negócios do
Estado, começa a tirania em qualquer regime!
4-
A dívida externa e a dívida pública em geral resultam da péssima gestão e da
corrupção, onde juros e taxas extorsivas podem estar ligados as propinas! Uma
boa administração não faz empréstimos e em casos extremos esses negócios devem
ser severamente vigiados.
5-
O ouro extraído da montanha tem o mesmo valor daquele retirado da areia, mas os
meios empregados são diversos e estes devem ser regulados de acordo com os meios dirigidos aos fins,
através de leis éticas/morais próximas ao que a natureza certamente estabeleceria
de modo diferente para cada situação ante as dificuldades da extração desse mesmo
produto, ou seja, o ouro extraído das montanhas devia ser mais precioso do que aquele extraído da areia.
6-
Será que apenas um povo ético tem direito ao Estado sem Corrupção, sob a dedução
de que a corrupção está no povo?!
7-Contrariando
Rousseau, não somos inteiramente bons por natureza, e devemos nos seja impostos
deveres para aperfeiçoarmos nossa moral, pois os deveres freiam nossas
vontades, exercitando a razão!
8-Mas
existe a ética universal e éticas de corporações!? A ética das corporações
quando se degenera visa defender a própria corporação, atingindo o todo. No
entanto, o controle dessa degeneração, em regra, está limitado por tal parte, mas deveria ser pelo todo!
9-As
coisas feitas pelos sentidos e seu agrado são tão aprazíveis como aquelas
elaboradas pela razão (conhecimento intelectual). A razão que impõe o perfeito
domínio sobre a vontade fornece os prazeres delicados. Deriva que, quanto mais
escasso e limitado o mundo material as coisas e bens do mundo sensível cede-se espaço às faculdades superiores do conhecimento e pensamento, havendo o lugar assegurado
à escola em cumprir a nobre missão de capilar o entendimento e razão, suprindo a
faculdade inferior do desejar, restabelecendo a vontade reflexiva no mundo
prático sobre os coisas que suprem os sentidos.
10-
Uns acreditam que a ética também seja uma ciência da moral, enquanto foro
interno do indivíduo, uma norma de conduta individual, enquanto valores aceitos
até pela sociedade. Assim, seriam os deveres cumpridos independente de coação.
11-
Então, um povo não necessita de regras de condutas éticas individuais, pois
estas já estão implícita ou explicitamente na estrutura do Estado pela Lei da Constituição.
Contudo, para que a ética seja universal, cada um deve ter em mente o imperativo categórico de Kant - agir
de tal modo que a máxima da tua ação possa valer como lei universal – Portanto,
decorre de uma ação como um fato da razão, a revelar como essência sua a
liberdade da vontade, liberdade que é assim compreendida como autonomia.
Fim em si mesmo: "Age de tal forma que uses a humanidade,
tanto na tua pessoa, como na pessoa de qualquer outro, sempre e ao mesmo tempo
como fim e nunca simplesmente como meio."
Legislador Universal (ou da
Autonomia): "Age de tal maneira que tua vontade possa encarar a si mesma,
ao mesmo tempo, como um legislador universal através de suas máximas." ou
"Age como se fosses, através de suas máximas, sempre um membro legislador
no reino universal dos fins."
12-
Sob os desígnios da ética, as expressões abaixo podem ser seguras, ou não!
-
A criminalidade é apenas um problema social! Será?
-
O problema da corrupção está nos políticos? Ou numa eficaz instância de controle!
-
Deve haver o controle do povo sobre as instituições?!
-
Jesus cristo usava saia, então qualquer de nós está autorizado a usar!?
Lembrem-se,
Jesus respeitava os padrões de usos e costumes normais de sua época em que
todos os homens usavam saias e se rebelava contra as injustiças e
desonestidades!
Mas
o bem que ele queria estava acima dos padrões de usos aceitos por todos, especialmente
em prol dos humildes. Então combatia determinadas coisas materiais quando se deterioravam
em não elevar as virtudes da alma. Pregava aquilo que está escrito. Contudo, em
relação as suas vestes, nada de conflito, pecaminoso ou de paradigma era seu
foco, mas se insurgia com as coisas da vida que aviltavam a alma, enquanto alimento do corpo e o bem da
alma era o seu objeto!
13-
Os deveres domam a vontade e o direito aviva os desejos/apetites enquanto parte
inferior àquele, pois, mais sensitivo. Assim sendo, cuidado ao tratar apenas dos seus direitos sem se importar com os deveres!
Isto
porque só à vontade domada pode contrapor-se ao desejo e freia-lo, uma vez que
ela se liga mais com a parte da razão e o desejo com os sentidos e emoções. Portanto, o exercício pleno do direito sem o proporcional dever, transforma o sujeito em irracional,
guiando-se pelos desejos/apetites.
Milton
Luiz Gazaniga de Oliveira
(Obs:
apenas um ensaio, sujeito a correções)