Quero
para o Brasil um estado do bem estar social, também “transparente, visível e legível”!
Sim,
nem comunismo, nem capitalismo (vide os conceitos tradicionais) ou outras
formas enganadoras. Necessitamos de uma matriz pensante que intermedeie o
idealismo e o materialismo enquanto principais correntes do pensamento Político
da humanidade.
Contudo,
sempre vejo os dois extremos querendo propor hegemonia!
Eu
não quero a prevalência de tais matrizes de extremos.
Resumo: de um lado a falácia
dos intelectuais orgânicos defendendo o comunismo ou socialismo e suas
subdivisões com a estatização ou socialização dos meios de produção sem classes sociais e apátrida (inexistência
de soberania nacional, sem fronteiras, com outras bandeiras!). De outro lado
as demais correntes de direita, centradas no domínio parcial ou privado
dos meios de produção num sistema de estado baseado na ordem e progresso positivista,
racionalista, ou liberal por si só, cuja premissa parte da liberdade econômica para somente depois, estabelecer o reino da igualdade de oportunidades para todos! Ora, se quero
a igualdade imediata, tal como o comunismo, com a socialização dos meios de
produção, o faço erroneamente com o desprezo a criação, construção ou inovação enquanto frutos da inteligência humana incidente sobre coisas.
Ocorre que depreciam o individual. Em especial, enquanto resultado realizado por mentes capitalistas autônomas e capazes de aplicar idéias e técnicas criadoras e transformadoras, ou seja, influenciadas pela possibilidade de prosperarem tendo como ponto inicial as nossas
necessidades orgânicas pessoais, acrescidas das ambições, ganâncias, desejos e
facilidades das coisas úteis e de bem estar, bem como aos vícios dos supérfluos
e extravagâncias.
Minhas duvidas, os que querem
a igualdade absoluta e imediata, esperam apenas do coletivo, já que enfatizam a
realidade social como transformadora dela mesma! Mas podem nos levar rapidamente
a submissão de uma natureza social e materialmente saturada sem a capacidade de
acolher muitos preguiçosos, (vide meu texto: “A Preguiça como princípio genealógico e origem do preconceito
ideológico e político”). Pois nem precisarei de esforços ou mérito, já
que não pretendo prosperar sozinho, bastando seguir o curso social e
interpretar os fatos da natureza, já que também não quero ser avaliado, pois
pertenço à própria natureza e ela quem ira proferir minha sentença de sobrevivência ou não,
caso não a interprete adequadamente. Contudo, poderão chegar ou surgir tiranos composto de um exército de doutrinados,
supostamente intelectuais, e dominar a maioria desses humanos fragilizados pela
própria natureza, pois ditos intelectuais transformadores serão alquimistas,
que transformarão nossos produtos (enganosamente), mesmo sem qualquer agregação
de valor mercadológico, em ouro! Daí eu fico a pensar: Há uma profunda
inversão, pois na doutrina materialista somos uma matéria pronta e acabada pela
natureza no sentido de que nosso esforço e produto enquanto trabalho, está
neutro da ganância e de flutuações, sendo quem nos guiará, pois não precisamos
de formas idealmente preconcebidas, senão a aceitação do que somos feitos, e da interdependência
do outro e o outro de mim, inseridos numa realidade social. Sempre partimos da realidade para conhecer as coisas,
“é o que é, um valor por si só”!
Mas
a contradição se estabelece, pois no comunismo está cheio de humanos lobos
disfarçados de iguais, quase sempre a mentira prevalecendo sobre a verdade!
Ditadores, demagogos, caudilhos e doutrinadores e supostos intelectuais “se disfarçam também pela forma”,
com peles “a matéria lã” de ovelhas, mas vivem como lobos, usufruindo dos
melhores pedaços de alimentos, da carne nobre! Por quê? Corrompem o Estado e se
apropriam de tudo, distribuindo apenas migalhas. Mas a chamada distribuição igualitária da abundância se resume na
entrega de tutela educacional aos doutrinados, pois oferecem signos prontos
para o "saber praticar” um discurso preconcebido de chavões, sem inovar ou criar
coisas, mas coisificar (reduzir o
homem e sua consciência a coisa, objeto ou valores materiais) pois tudo
o que é dos outros, não é fruto da prosperidade ou inteligência, mas
apropriação indevida das coisas de todos! Seus líderes (ditadores) até surgem
entre os iguais, mas em pouco tempo se transformam, pois diante da ganância
deles mesmos e da cegueira e fanatismo de seus leigos seguidores, se transformam
em feras contra os seres reais que eles mesmos conduzem ao fracasso.
Já
no capitalismo os lobos são
vistos e são verdadeiros estão em diversos lugares! Pois antes de tudo idealizarem estão materializados. No
entanto, uma vantagem nele se desponta, pois quando são perceptíveis posso me
transformar num deles ou fugir deles. Ao contrário, no comunismo ou mesmo do
socialismo, haverão mais cavernas de emboscadas feitas por falsas pessoas mas verdadeiros lobos
que se dizem da mesma ordem dos iguais.
A ideologia
socialista -
autodestrutiva, retirando os valores tradicionais existente, especialmente de
pátria, bandeira, território, língua. Dividem a maioria em minorias e a conceituam em signos como, gordos, magros, elites, miseráveis..., objetivando fracionar para conquistar a maioria esfacelada. Contudo, quando efetivamente em prática há
fuga da própria premissa, uma vez que esmagadoramente praticada por falsos
ideólogos através de discursos fraudadores dos fatos sociais, para praticar a usurpação
de receitas e valores, pois as vítimas são atraídas através de mentiras e desfaçatez
onde muitos seguidores sem uma boa razão formada são levados ao engano! Mas na contradição pregam um ideal de mundo
comum que na realidade eles não vivem, senão num capitalismo esbanjador, sectário
aos demais companheiros, já que ficam ocultamente afastados no âmbito da
prosperidade individual e da realidade local, com as garantias financeiras depositadas
noutros continentes! Não querem o conceito de pátria, pois não pretendem que a
soberania exista, podendo entregar territórios! Preferem começar por doutrinas
regionais como o bolivarianismo, por exemplo!
No
contraponto, o mundo capitalista
peca na liberdade e igualdade do
indivíduo como pressuposto de construir uma sociedade que nunca se completa,
pois os impostos e o próprio Estado são vistos como um mal, devendo se limitar
a mera segurança das liberdades negativas, já que o resto virá com a
prosperidade que supostamente atingirá a todos. E assim, nesse capitalismo nada
interessa a realidade existente, pois não preciso partir dela ou interagir com
ela, mas sim ter capacidade ou mérito de prosperar explorando. Como exemplo, os
aposentados são vistos apenas na razão numérica (aritmética) de contribuintes versus beneficiários, pois nessa lógica de discurso a base contributiva não se sustentará diante de uma população doravante em envelhecimento acentuado. No entanto o objetivo analítico dessa projeção simplista, visa o fortalecimento da previdência privada ou complementar entregue aos bancos. Ocultam que o sistema previdenciário deve ter base nas riquezas produzidas ou potencialmente existentes na nação com a
contribuição social (tributária) arrecadada e partilhada por todos (universal). Não dá para aceitar que prevaleça a lógica de que somente após minha prosperidade, se sobrar
uma parte depois de abastado, poderei dividir ou contribuir com os demais sistemas de políticas públicas, entre elas o sistema previdenciário.
Pude perceber!
Temos
que mudar, priorizando a transparência sobre o regime político!
Imagino
algumas providências fundamentais e outras vocês podem completar:
- Queremos recolocar a bandeira nacional no país, enquanto unidade de soberania;
-
Queremos um Estado Brasileiro, jamais uma região Unasul nos moldes bolivariana;
- Queremos prioridade diante do bem estar social equilibrado: com a valorização do
capital, trabalho, individuo, conhecimento e sociedade;
-
Que a produção (ação) supere a inação (a preguiça), pois é o movimento e ação que
produzem bens e coisas das quais gerarão impostos para financiar nossos
direitos e liberdades, considerando que estamos fora do direito natural puro
(aliás, que muitos doutrinados pensam que ainda estão nessa fase natural!) já que
a natureza por si só não nos sustenta sem a tecnologia adequada.
-
Que o segundo motor, além do primeiro e original que é Deus, seja a educação com alunos e
professores inteligentes e “interessados”, sendo cobrados com efetiva presença em sala
de aula adequada avaliação de qualidade;
-
O intenso combate a corrupção, de modo que caminhemos rumo a uma sociedade transparente:
“visível e legível” – com os três poderes tradicionais vigiados em seus gastos,
serviços, bens e receitas com qualidade e eficiência;
- Que o engano de que Estado corrupto deriva de um povo corrupto seja desfeito: "Portanto, quem pensar
que o Estado corrupto deriva dos indivíduos também corruptos, não está
plenamente certo. O Estado sintetiza os fins da sociedade, mas não o individuo
que por sua vez este uno também não sintetiza a sociedade."(vide texto: Sobre a Sociedade, o Estado, o Povo)
Milton
Luiz Gazaniga de Oliveira