quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Que “Ser Humano” queremos?! Jovens profissionais com membros artificiais.

Para firmar essa resposta necessitamos de questionamentos, ou das análises de Nietzsche. Então propor um “Novo Ser Humano”, mas sem ser um super-homem. Provavelmente não seja um homem de Rousseau: rebelde, subversivo, revolucionário que não se deixa corromper pela sociedade; também não seja o homem de Goethe com desapego e contemplativo; Nem se exigiria o de Schopenhauer, pois este propõe ser ele inteligente, lúcido, ativo, voluntarioso e idealista, superando barreiras ilusões e convenções, apesar de altos e baixos que reflete o pessimismo de seu idealizador.
Esse “Ser Humano” poderá ter a equivalência dos três tipos superiores da humanidade, ou seja, o filósofo, o artista e o santo. Os dois últimos realizam obras sem contestação, possuem uma aceitação por parte da sociedade que os considera homens privilegiados, pois os destaca como reflexo daquilo que é belo e bom na humanidade. Esses dois tipos de homens se não estiverem no lugar certo (artista ou santo) devem ser membros de determinados poderes da república (imaculados!). Contudo, em relação ao primeiro, o filósofo, a situação é diversa, uma vez que há filosofia e filosofia: a pura, a independente, a superior por desligada das influencias do poder... Mas há a filosofia subserviente, patrocinada pelo Estado e até ensinada nas universidades por sábios profissionais ilusionistas (muito usada nos países de tendências totalitárias). Assim como a filosofia deletéria negativa na instrução de novas gerações (Ciro Mioranza). 
Muitos desses Seres humanos quando investidos nas profissões necessitam de concessões de prerrogativas científicas para facilitar o exercício de uma imaginação e ao mesmo tempo estar curvado sobre si mesmo, com espírito inquieto “de insuficiente” e sem “medo”, sendo demolidor de dogmas. Mas que esse novo ser humano nem sempre deva se submeter às leis da razão, pois estará com a permanente “vontade”, em busca dos anseios e desejos de insaciáveis conquistas, novas fronteiras, de estar no incondicionado. Esse novo homem essencial se identificará plenamente com o povo, pois o povo cria todos os instantes novos desejos e necessidades de conquistas. Ele deixará de ser um ator do sofrimento do estado natural do homem. Excluirá um “materialismo de idolatria que só sabe excitar o desgosto”, do tipo “Óh...fui espionado(a), a ditadura..., !!” Mas propositivo, do tipo, vou criar novos mecanismos nos centros de conhecimentos desta nação para impedir a espionagem e vender tecnologias... Esse humano deve viver o momento, o presente segundo nossa medida e nossa própria lei. Deixar de ser provinciano por dar ouvidos às meras opiniões dos vizinhos, jurando obediência a ideias que não obrigam absolutamente a nada e que estão a algumas centenas ou milhas de léguas daqui (como exemplo, um bolivarianismo/chavismo, ou um neoliberalismo).
Mas existem limites ou extremos bem notáveis nesse novo homem. 
Destaco a Audácia, Temeridade. Contudo, outros acidentes ou variáveis são inerentes ao homem atual, ou seja, a Preguiça, a Mentira e o Medo. Falo da mentira por acreditar que os homens estão se tornando cada vez mais complexos e tão complicados que deixam de ser sinceros logo que falam e expressam afirmações, bem como querem agir em decorrência delas. Quanto à preguiça em toda a parte deste planeta ela pode ser encontrada. Eu, por exemplo, antes de me aposentar gostaria de parar de trabalhar, ou pelo menos trabalhar pouco com a melhor remuneração possível!
O Medo – faz com que não se tenha certeza dessa passagem e que só viva uma única vez. Portanto, diante do medo, viverei conforme a convenção; temerei até meu vizinho se não vestir meu cachorro e agirei como ovelha de rebanho não sentindo prazer em ser eu próprio. O antigo Ser Humano temerá os dogmas criados pelos vizinhos mais distantes, e deixará até que sua Constituição entre em metamorfose, transformando o homem num inseto (Kafka), não impedindo as investidas deles, uma vez que pelo medo esse antigo Ser seguirá o rebanho sem ser um pouco audacioso ou temerário, pois seguindo o rebanho se revestira de maneiras tomadas de empréstimos e de opiniões postiças de manuais e de “doutrinas” sem correr qualquer risco, pois não adotará a nova realidade. 
Contudo, para mudar tudo isso, o Novo Ser Humano já está entre nós, são eles os novos profissionais que possuem “membros artificiais” “o mundo da ciência”, tal como são as orelhas, olhos, narizes, braços agora cientificamente multiplicados pelo conhecimento, para sentir o novo mundo.

 
Milton Luiz Gazaniga de Oliveira

Um comentário:

  1. Sem reparos, procurei colocar o ser humano sob os desejos de Nietzsche, Rousseau, Goethe, Schopenhauer. Todavia, esse “Ser Humano” poderá ter a equivalência dos três tipos superiores da humanidade, ou seja, o filósofo, o artista e o santo. Investiguei ao meu modo os limites ou extremos bem notáveis nesse novo homem... Dizendo, ou serei desprezível, pois...“temerei até meu vizinho se não vestir meu cachorro e agirei como ovelha de rebanho não sentindo prazer em ser eu próprio.”

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