Mas estou insistindo na idéia de uma sociedade
transparente, porém isso não é novidade, pois já vem desde o iluminismo!
Contudo, ainda não implementada. A Sociedade Transparente seria um sonho Rousseauniano,
talvez um lirismo da sua imaginária revolução - uma sociedade visível e
legível, sem ou com poucas zonas obscuras. Defino como zonas obscuras aqueles
desvios praticados por malfeitores que fazem com que os regulamentos, execução ou produção do bem-estar
social seja indevidamente apropriada pelos ditos detentores de privilégios, emanando
um poder real e ilegítimo que geralmente incide sobre as políticas públicas dos
entes de Estado. São equivocadas prerrogativas de tais e quais corpos, ou seja,
pessoas, corporações e agremiações não especializadas em entregar a missão
estabelecida aos Entes Públicos. Neles agem direta ou indiretamente, enfraquecendo ou destruindo a
sua autonomia ao ali atuarem. Mas doravante, que seja aquela sociedade em que
cada um, do lugar que ocupa ou se encontra, possa ver o conjunto da sociedade,
gerenciando diretamente a coisa pública. Bem, ai eu teria que ler e interpretar
a arte de pensar do Starobinski (nem conheço!) que investiga a amarga reflexão
de Rousseau ao ter de afrontar a perda de um mundo regido pela transparência e
ser condenado a viver em outro mundo mediado pela propriedade e pelas instituições, estas últimas que hoje imperam e que devem ser vigiadas.
Hodiernamente estamos regidos por Instituições,
já que a soberania não é mais real. Assim, interroga-se o contemporâneo mundo
invisível, mas dito por alguns interesseiros como democracia plena! Porém, nada
mais é do que de uma suposta democracia, da permanência dos mesmos mediante
dinheiro e reeleições, com golpes financeiros e apropriações do dinheiro
público, pulverizado pelo mundo afora.
Denunciamos assim as aparências enganosas dessa
democracia, que até agora mostrou apenas ser uma aristocracia de mandantes que
tolhem a autonomia daqueles que por direito devem ter.
Pretendo ver uma sociedade transparente visível
e legível que outorga a autonomia aos Órgãos Constitucionais com missão
essencial, e por conseqüência ao indivíduo, culminando na emancipação social,
repito, mediante o controle do poder pela sociedade, no modo\tecla (Key) visível e legível.
Não há outra forma de pensar sem saber que tudo
passa pelas políticas públicas enquanto conexão primordial entre o ideal (o
pensar) e o substancial (a realidade). Todavia, permito àquele que de vos
queira olhar, seja a partir dos vínculos que dividem o mundo em Estados
socialistas, comunistas, capitalistas, democráticos, totalitários, mas até
então eu julgo que sempre enxergará uma sociedade com problemas de transparência.
Seguindo tais ideologias, na economia diria o estudioso, o espírito capitalista
versus corpo materialista, ou na própria filosofia cuja divisão conceitua como
idealista a corrente em que a matéria existe tão somente porque o “eu”, o nosso
pensamento, concebe. Enquanto no materialismo, o que tudo na natureza é objeto
da percepção dos nossos sentidos e que o pensamento humano é o resultado da
matéria — o pensar é atributo da matéria. Todas essas parcialidades de
pensamentos políticos teóricos pensariam em conviver com uma sociedade
transparente (visível e legível), uma vez que se isso não ocorrer, todos os regimes políticos falharão.
As políticas públicas em qualquer dessas
amarras ideológicas, procede para livrar os cidadãos das antigas crenças em que
de um lado o capitalismo de “acumulação de riquezas”, bens e finanças são
vividos por poucos e que somente esses homens livres (livre arbítrio) contêm e detêm as idéias,
ou seja, o mundo ideal, pois cultuam a livre iniciativa, praticando a
beneficência. No entanto, com tal matriz de pensar, deixam uma massa
desassistida dos meios de educação, sem opinião e assim desprovidos de
liberdade transcendental, inseridos apenas num ambiente de mera execução
primária das idéias dos outros, pois esses supostos pensamentos e razões são
detidos por poucos homens livres e que podem adquirir e rebanhar corpus
(pessoas) com moedas adquiridas fantasmagoricamente, seja no mercado das
aquisições e trocas lícitas ou mesmo da corrupção e crime.
De outro lado, a falácia comunista/socialista e
seus aliados regimes totalitários, pois baseados na “acumulação de corpos”
adestrados apenas pelos sentidos, desprovidos de saber, apenas aptos em receber
uma doutrina materialista/realismo, também sem políticas públicas, senão com as mentes
inculcadas de um discurso que cria espaços imaginários, mas que os espaços
reais do poder são ocupados por Camaradas que "não vigiam em nome da sociedade,
mas apenas vigiam a sociedade". E com razão Rosa Luxemburgo: “Liberdade apenas
para os que apoiam o governo, apenas para os membros de um partido – não
importa quão numeroso sejam – não é absolutamente liberdade. Liberdade é
sempre e exclusivamente a liberdade de quem diverge do nosso modo de pensar.”
Assim, necessitamos de um olhar sobre o poder, uma sociedade visível e legível – que possa estabelecer um novo vigiar:
Assim, necessitamos de um olhar sobre o poder, uma sociedade visível e legível – que possa estabelecer um novo vigiar:
Da Imprensa livre e dos órgãos jurídicos autônomos,
da fiscalização capacitada, em especial dos cidadãos que vigiam: os contratos,
licitações, obras e bens coletivos, muitos superfaturados, sobre os quais, em
matéria de custo de obras, qualquer engenheiro poderia facilmente constatar e
opinar.
Somente após essa libertação poderíamos
localizar, por exemplo, o sonegador. Sim, aqueles que estão fora da rede de
cooperação – “de cada um segundo sua capacidade a cada um de acordo com suas
necessidades”, que faz essa imensa sonegação com que a tributação não diminua. Mas somente uma
sociedade visível e legível saberia conceder justas prerrogativas com autonomia
àqueles que enfrentam essa realidade na rotina de trabalho, como o Procurador
de Estado, que está em constante luta no conviver com o corrupto, o sonegador,
que sempre oneram o bom pagador de impostos - “«Dai, pois, a César o que é de
César, e a Deus o que é de Deus.» (Mateus 22:21)”.
Propomos que as políticas públicas sejam
visíveis e legíveis, inclusive como elemento de cooperação entre pólos
políticos antagônicos antes mencionados e ainda vigentes.
Claramente existe um abismo provocador dessa situação. Falo da falta de adequação científica no âmbito da ciência jurídica pelos Órgãos jurídicos de Advocacia de Estado, dou como exemplo a Advocacia-Geral da União - AGU, atualmente com pouca autonomia, tanto no contencioso como no consultivo. A adequação científica reside em afastar a negativa de vigência de regras constitucionais basilares no que se refere autonomia jurídica daqueles que defendem e orientam os Entes Públicos que criam e/ou elaboram grande parte das políticas públicas, implementando a própria Constituição Federal (bem, daí teria que me estender em muito!).
Claramente existe um abismo provocador dessa situação. Falo da falta de adequação científica no âmbito da ciência jurídica pelos Órgãos jurídicos de Advocacia de Estado, dou como exemplo a Advocacia-Geral da União - AGU, atualmente com pouca autonomia, tanto no contencioso como no consultivo. A adequação científica reside em afastar a negativa de vigência de regras constitucionais basilares no que se refere autonomia jurídica daqueles que defendem e orientam os Entes Públicos que criam e/ou elaboram grande parte das políticas públicas, implementando a própria Constituição Federal (bem, daí teria que me estender em muito!).
Senhores! Ressalta-se a existência de saberes
segmentados nas instituições públicas, que estão no âmbito das diversas
autarquias e fundações federais e que desempenham relevantes papeis nas
políticas públicas, mas desassistidas e muitas apropriadas, ou trabalhando no
obscurantismo de interesses de partidos e pessoas, ainda que pelo menos em parte. Algumas tomadas por elementos
malfeitores, contudo, elas detêm relevantes elos de conexão entre o Estado e o Povo. No entanto, sem estar plenamente elevadas a contribuir com os objetivos
gerais da nação, estabelecidos na Constituição. Hoje vivenciamos a missão
desses Entes não inteiramente preservados dentro soberania do direito público.
Então, devemos vigiar os Entes, poderes e
função do Estado, pois Segredos e sigilos não têm abrigo na democracia, uma vez
que servem apenas ao totalitarismo e aristocracia – “pois segredos servem
apenas para ser contados entre poucos”. Então, uma sociedade visível e legível,
necessita da autonomia das Instituições Essenciais à Justiça, e precisa do Saber,
do Olhar e Enxergar e do Cuidar das coisas públicas por todos, enquanto meio de
efetivação de uma Sociedade Transparente.
Milton Luiz Gazaniga de Oliveira (Faço esse
texto, pois completo 21 anos no serviço público)
Neoiluminismo -
ResponderExcluirAdotei o dogma democracia “visível e legível”, para regrar os pássaros do meu quintal, pois toda a vez que causarem prejuízos pinicando as frutas, eu vejo e limito seus apetites.
Eu denominaria isso de liberdades positivas no sentido de causar constrangimentos internos ao poder e punir o próprio poder quando pretender apoderar-se da coisa nossa (pública) com vantagens, desvios e corrupção.
É uma Liberdade positiva no modo de falar em razão de estar reforçada pela capacidade de os cidadãos em participar de seu governo e ter seus interesses e preocupações reconhecidos como válidos e postos em prática, como dito, coibindo abusos e corrupção.
Somente o Estado passava a ser o senhor das liberdades negativas, normalmente em proteção aos direitos humanos que são denominados pela doutrina de Liberdade Clássica ou Negativa geralmente residindo na proteção em nossa legislação sobre os Direitos Individuais e Coletivos. Assim, proibindo condutas, para garantir tal princípio, como: "Eu não sou escravo de nenhum homem"
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Liberdade_positiva) Daí surgir uma série de leis de contenção, de outros ou do próprio Estado, que investem contra a minha liberdade. As leis penais são inúmeras voltadas à ordem das liberdades negativas, uma vez que visam proteger o direito subjetivo garantido, que são as liberdades positivas aos indivíduos. Esses direitos em regra são referente à educação, saúde, trabalho, previdência social, lazer, segurança, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados, penalizando condutas impeditivas de tais direitos.
Portanto, a visibilidade e legilibilidade eu configuraria como liberdade positiva, inserida também nos direito políticos de os indivíduos, através de direitos públicos subjetivos, exercerem suas cidadanias, participando de forma ativa dos negócios públicos e políticos do Estado, fiscalizando a transparência de tudo o quanto sair dos impostos e receitas, pagos direta ou indiretamente pelo povo.
Liberdade positiva "Eu sou o meu próprio chefe. Eu sou governado, mas também governo". Poderei dizer como e o que deve ser executado, fiscalizando o que foi pago, aquilatando a idoneidade das atividades do estado.