sábado, 31 de março de 2018

Como saber se sou fanático?!


O fanatismo que antes era mais acentuado na religião, como na idade média, atualmente está presente no futebol, especialmente na política. Passa ser um distúrbio psicológico que vai se agravando. Quando um líder político, esportivo ou religioso substitui a mente e massifica o indivíduo e ele se torna obcecado por uma ideia fixa que segue e não admite atenuante. Pensa numa missão sua ou do seu líder. Age supostamente para salvar as almas ou os pobres, independente do meio que utiliza, pois, até pensa ser permitido usar a violência física, roubar, destruir coisas públicas ou privadas e matar pela causa. Imagina ser permitido cooptar mentes ingênuas e determinar parâmetros conscientes e subconscientes de comportamentos da tribo ou grupo. Esse mecanismo explica os grandes líderes pois se utilizam do dualismo bem e mal, admitindo duas forças de lutas, pobres e ricos, deus e diabo, trabalho e capital, pregam permitir substâncias e comportamentos ilícitos, uma vez que querem a hegemonia do grupo, regime, ou do seu time, querendo fazer da parte (partidos, times ou religião) um todo. Neste caso temos como exemplo algumas torcidas organizadas. Então, o triste desfecho reside em que o melhor meio de lutar contra um fanático é encontrar outro fanático antagônico, seja no esporte, na religião e muito presente na política. Mas o fanático não admite concorrência e quer sempre que o mesmo lado que ele defende esteja no comando. Tanto nas ideias reacionárias como nas mais progressistas têm os seus fanáticos, os da força, que querem o poder na demagogia do voto ou na luta armada, como também os fanáticos da liberdade, utilizando-se de similar ideia para galgar a liberdade. Então, a vida de um fanático passa ter a única razão, ou seja, o culto ao lado que escolheu e se fixou obcecadamente e logicamente contra a ideia, fato ou coisa opositora. O trabalho, o lar, as coisas, os amigos e pessoas que os cercam passam a ser adorados se estão ao seu lado ideológico, ao contrário, será relapso nos afazeres e um inimigo declarado dos opositores, frequentando os locais do culto da sua ideia ou propagação. Age apenas por emoção sem perceber que passou da conta, adentrando no lado irracional. Segue incondicional a tribo, seja um time, o político na caravana, antecipando campanhas eleitorais, ou prorrogando indefinidamente mandatos. Na religião, combatendo as demais crenças e fés ou cultuando o nada (ateísmos obcecados). Pois, somente a sua crença ideológica trará a felicidade ao povo. Mas numa democracia existem regras para frear o fanatismo e contê-los e até excluir grupos e indivíduos quando, na obsessão pelo poder, se utilizarem de meios ilícitos. Devem se portar dentro das formas e das regras precisas e explicitas no sentido de controlar os abusos eleitorais, por exemplo. A democracia institucionaliza o conflito, ou seja, avoca os conflitos e abusos para dentro das instituições e leis de resolução, direcionando o potencial antagônico aos níveis de concessões saudáveis. Nos regimes totalitários isso não ocorre porque só uma ideia ou posição é aceita.
Então, os fanáticos precisam de ajuda familiar, e de tratamento psicológico quando seu credo ideológico e exteriorização dos atos passam dos limites razoáveis.
Milton Luiz Gazaniga de Oliveira


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