Interessante
a matéria abaixo sobre as eleições nos USA. Aqui no Brasil depois das eleições tomarem corpo nas redes
sociais, certamente o nível de estresse das pessoas se multiplicou, inclusive,
com brigas políticas e ataques pessoais sem conteúdo programático que são
transferidos dos candidatos até os eleitores. Isso deprime todos, gerando animosidades.
Não
se justifica o atual tempo ou período longo de propaganda eleitoral frente às
novas tecnologias de comunicação, uma vez que dos contáveis instrumentos de
mídias existentes há uma década, ao contrário disso, passamos hoje aos
incontáveis meios e redes de comunicações com milhões de acessos. Portanto,
quem não conseguir dar o seu recado e propor um programa de governo de modo claro
e objetivo, assim como difundi-lo de forma capilar frente aos contemporâneos meios
(redes sociais), então imagino que a manutenção do tempo de propaganda como hoje se
apresenta, transforma-se em “estresse coletivo”. Resulta ainda em gastos de
dinheiro público em mídia paga direta ou indiretamente, sem resultados consideráveis
à democracia. Por isso devemos exigir a realização imediata de uma boa reforma
política. Penso que a reforma deve diminuir o tempo entre a campanha e a
realização das eleições, e que também o segundo turno seja realizado de
imediato (na semana seguinte, já que a apuração de votos pelo sistema
eletrônico é bem rápida). Se os partidos políticos quiserem fazer coligações
que o façam previamente, definindo isso ainda no primeiro turno, evitando
supostas negociatas de cargos. O sonho também seria o de reduzir números de
parlamentares nos três níveis de governos (federal, estadual e municipal),
extinguindo, anexando ou fundindo ainda unidades municipais que de fato não possuem emancipação (administrativa, financeira e política). Bem como, estabelecer de modo geral teto de
remunerações políticas. (Até acho que existe ou existia, sobre a receita, mas
sem qualquer efetividade, pois sempre inventam verbas e criam cargos, serviços fictícios,
e excluem remunerações disfarçadas de outras verbas para afastar os tetos legais e
constitucionais). Então, se a democracia pouco funciona mediante a mera escolha
pessoa do governante (já escrevi sobre “Quem Governa?!”), em especial quando muitas destas pessoas quando eleitas usurpam a coisa pública, qual a saída? Certamente teremos que focar na “democracia
institucional”, ou seja, o controle pela transparência gerencial e efetiva
da administração. Daí a política deixa de estar centrada essencialmente sobre
os candidatos (a pessoa), ainda que também seja de importância, para voltar-se
ao controle da administração pública, “democracia institucional”, nos três
poderes.
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Milton
Luiz Gazaniga de Oliveira
(texto sujeito a correções e alterações)
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