terça-feira, 8 de novembro de 2016

A feiura e a Beleza – Corpo e Alma


A feiura e a Beleza da alma se medem pelo exercício do bem ou mal que o avaliado é capaz entre potência e o ato de assim dispor suas virtudes.  Segundo os ensinamentos dos mestres a alma é imperecível e então sua beleza ou feiura subsiste após a morte.  
feiura ou a beleza dos corpos tem outra dimensão, pois está limitada pelo tempo e matéria, esta enquanto substância corruptível que temporalmente procura degenerar a forma afetando a própria composição. É natural que a beleza ou feiura dos corpos se diferenciem da alma. Ocorre que os corpos são perecíveis “Porque os corpos estão submetidos à morte e possuem a verdade da mesma forma que as ciências, é possível que tenhamos que privar a dialética de seu privilégio de reguladora das demais artes. E ainda, porque os corpos  parecem possuir sua verdade independente desta arte de disputa dialética.”[1]. Então, se os corpos humanos são verdadeiros por algum gênero de imitação, e por isso distanciado da verdade pura, ou seja, se Deus criou os corpos humanos como sua imagem e semelhança, então todos os humanos são imitação. Destarte, o julgamento da beleza e feiura  feita pelas pessoas sobre o humano avaliaria tão somente uma imitação, o que não seria prudente. Portanto, a feiura ou beleza dos corpos apenas podem ser visto dentro da limitação contida na forma exterior de cada espécie, e a beleza ou não dos corpos fica delimitada na espécie para  diferenciá-las entre diversas que povoam a terra, e não no indivíduo perecível ou entre eles. Desse modo, julgo que a beleza está na espécie e nunca no indivíduo. Repito, nunca esqueçamos que a forma da espécie servem muito mais para diferenciar os humanos dos demais animais e suas composições, pois todas as espécies são belas por si só. Destarte, toda vez que indagarmos sobre a feiura ou beleza dos corpos, primeiro devemos estar ciente de que estamos avaliando apenas uma imitação. Contudo, podemos constatar que eles existem, ainda que em imitação, em sua matéria e forma, e em face disso são verdadeiros. Em conclusão só a beleza ou feiura da alma pode ser medida como verdade absoluta de modo atemporal. Já em relação aos corpos a medida nunca será absoluta senão avaliar apenas se a imitação divina é verdadeira na espécie.
Após pesquisas virtuais em páginas e redes sociais, em contradição a tudo ao que até aqui disse, encontrei a única vantagem de pós-guerra ou batalha que existia no passado (Grécia antiga) e cabível aos que se acham feios: Dizem que Sócrates era feio! Uma feiura incomparável, mas a escassez de homens depois das batalhas fez os governantes criarem uma lei extraordinária que permitia o casamento com duas mulheres. Sócrates escolheu Xantipa e Mirton como esposas.
Milton Luiz Gazaniga de Oliveira




[1] Santo Agostinho. Solilóquios (36). Editora Escala. São Paulo, pág. 115.

Um comentário:

  1. Correção no meu equivoco de escrita,a palavra incorreta diferem por diferenciam!

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