Sobre a “Desigualdade”
“O verdadeiro mal
não é a desigualdade: é a dependência. Pouco importa chamar-se tal homem Sua
Alteza, Excelência, tal outro Sua Santidade. Duro, porém, é servir um ao outro. (Voltaire,
p. 295).
Então, nunca dependa
de alguém que não for verdadeira e objetivamente de tua confiança, em que você possa
servir a ele e ser servido. Dependa do saber adquirido na escola, em casa (família),
no trabalho e dos bons amigos. Também não dependa do governo partidário e ideológico
em que trocará os serviços públicos e benesses por seus votos e doutrinação, e
eternamente passarás a ser tutelado por incapaz!
No que
tange ao dilema desigualdade todos nós sentimos concretamente algum tipo de
desigualdade. Até no lado estético. Se eu for feio por natureza nada posso
exigir do governo para reparar esta desigualdade com o belo. No máximo procurarei
um cirurgião plástico. Mas acredite, ninguém
é eternamente feio, posso estar temporariamente desprovido de beleza!
A feiura e a Beleza – Corpo e Alma
Portanto,
a feiura ou beleza dos corpos apenas podem ser visto dentro da
limitação contida na forma exterior de cada espécie, e a beleza ou não dos corpos
fica delimitada na espécie para diferenciá-las entre diversas que povoam a
terra, e não no indivíduo perecível
ou entre eles. Desse modo, julgo que a beleza está na espécie e nunca no
indivíduo.
Tudo é valor e não valor
Posso
afirmar que ainda existem grupos de indivíduos que não cultuam valores
(desprezam o trabalho, o dinheiro, a religião, a família, bem como
desqualificam os bens apropriados por alguém seja pelo fruto do trabalho e/ou
capacidade de prosperar...), dizem que tudo é contradição e tudo está para ser
definido (um porvir), num processo dialético sem fim, ou seja, a síntese da
síntese! Contudo, isso faz surgir o abuso de juízos de valores quando
determinados representantes de grupos ou classes ditam dialéticas, mas em nível
de retórica, apontando apenas contradições e fetiches.
Diante
disso, ficamos também numa sociedade condicionada, não por valores, mas em que “não se aceitam respostas, mas
problemas em forma de síntese”, todavia enquanto nova e desastrosa condicionante. Julgo,
porém, que “formular problemas é a maior
vantagem da dialética que desmitifica sim determinados valores, mas se torna
mera retórica ou até sofisma quando não substitui valores” ao preferir, por
exemplo, a amoralidade, largando o povo no deserto, “onde tudo é não valor”. Mas o oceano
sobrevive sem a baleia, no entanto a baleia não vive sem o oceano, uma vez que
ela é apenas contingente. O valor e não valor sobrevive sem o direito, mas o
direito não sobrevive sem os valores por ser contingente deles (vide o efeito
sombra do direito)