A Inatividade deve
viver usufruindo da Natureza sem a explorar, encontrando a Felicidade no “Movimento”
que está entre a potência e ato – “uma dança”.
Caros
jovens;
Não
aceito como argumento normal a equação aritmética de que o sistema
previdenciário deve ser meramente contributivo, do tipo onde as contribuições
dos trabalhadores assalariados e dos patrões financiam os aposentados e que
precisamos de uma equação de x
contribuintes para y aposentados. Não
é isso minha gente!
O
sistema previdenciário tem que ser participativo e solidário, mais que
contributivo, uma vez que se tem dele um conceito como sendo universal da cobertura e do atendimento.
Quem
explora a natureza, deve contribuir e ser solidário com os que já estão fora
dela, os aposentados, que não exploram economicamente, para que também possam
usufruir.
As
atividades de petróleo, mineração, turismo, extração vegetal, a navegação, a
energia, as facilidades da ciência, e tantos outros ramos (...) constituem-se em
potências ou capacidades tipicamente posta em ação e que exploram a natureza
ainda que as conserve. Por isso devem servir de custeio ao sistema previdenciário.
Por tal motivo, as fontes de custeios nunca foram matematicamente taxativas e
esgotáveis no tripé da relação: salário do trabalho remunerado versus contribuição e decorrente benefício de aposentadoria.
Os
aposentados nem se quer pensam em ser a própria natureza para poder conservá-la
dentro da mínima mudança, dominando e a explorando, pois em convivência apenas usufruem
dela nos movimentos e não na ação ou ato, uma vez que sua potência se extingue
com o próprio movimento, antes mesmo da efetivação do ato ou ação.
Os
aposentados devem viver segundo a natureza até por imitação, transitando no
movimento, usufruindo das artes e de agradecidas lembranças.
Verificamos
num breve histórico que a família já deixou de ser um centro de produção para ser
tipicamente de consumo. Isso ocorreu com o
advento da sociedade industrial iniciada na revolução Francesa que se
desenvolveu no século XIX, em que esse
panorama se alterou, onde
o trabalho e condições de vida passaram a ser externos à atividade familiar. Diante disso, o Estado precisou
intervir retirando o conceito de solidariedade do âmbito familiar encampando
agora na atividade Estatal.
A
previdência, mais que uma questão econômica, é de ordem natural em defesa das
fragilidades humanas e as fontes de custeios devem ser e de fato são
diversificadas.
A
chamada Equidade na forma de participação no custeio – dirigida ao legislador, se
trata, na verdade, do princípio da capacidade contributiva tributária. Assim, o
legislador tem de buscar alguma fonte, mas não deve onerar excessivamente uma
em detrimento de outras, de modo a levar a exaustão (matando a galinha dos ovos
verdes!)
Então
é a diversidade da base de financiamento – que decorre das diversas formas de
financiamento, art. 195 da CF/88.
A
manutenção do valor real do aposento é uma forma de deixar os aposentados
viverem das lembranças, dos prazeres passados e da expectativa dos prazeres
futuros, pois assim é o seu presente.
Abstraindo
o ateísmo de
Epicuro, mas concordo com o poeta romano Lucrécio (98-55 AC) que assim o
descreveu em versos: “Foi um deus, sim,
um deus que primeiro descobriu esta maneira de viver que agora se chama
sabedoria, aquela que por sua arte nos fez escapar de tais tempestades e de tal
noite, para colocar nossa vida numa morada tão calma e tão luminosa”. (Pensamentos
– Epicuro, p. 88). Então, nos deixem num lugar (ascético) aonde tenha um “Jardim de Epicuro”, cercado de amigos, com serenidade e
doçura, para vivermos de sensações e da confiança imediata dos sentimentos,
pois desconfiamos das interpretações racionais, e vivemos de prenoções, ou de
noções e evidencias anteriores que ultrapassam as experiências imediatas.
Tributem a exploração e trabalho fácil meramente lucrativo e as atividades que
exploram a natureza a qual os aposentados são incapazes de lucrar senão apenas
usufruir do melhor modo como abaixo narrarei.
No jardim da natureza se faz recordações e
esperanças, com ausência de perturbações e de dor, num estado de gozo vindo da “potência”
alma e quando em movimento apenas o sentimento de alegria e gozo que são os
prazeres do “movimento” pela sua vivacidade (uma dança), já que a prática da
ação, da potencia ao ato exige o desforço do corpo sendo assim incapazes de
alterar ou agredir a natureza, pela ausência de uma ação de resultados.
Milton Luiz Gazaniga de Oliveira
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ResponderExcluirNotei pela leveza do Ser aposentado, comparando com a natureza intacta onde se faz recordações e esperanças, com ausência de perturbações e de dor, num estado de gozo vindo da “potência” alma e quando em movimento apenas o sentimento de alegria e gozo que são os prazeres do “movimento” pela sua vivacidade (uma dança). Já que a prática da ação, da potencia ao ato exige o desforço do corpo (atividade) sendo os aposentados incapazes de alterar ou agredir a natureza, pela ausência de uma ação de resultados, pois doravante encontram-se na inatividade da ação, mas não do movimento, naquilo que antes lhes eram conjugados na potência, movimento e ação.
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