Em
junho de 2001 entreguei minha dissertação de Mestrado - UFSC. Naquela época
havia um intenso debate se as contribuições previdenciárias poderiam ser
majoradas (aumentadas) por medida provisória ou não. Hoje a questão encontra-se
superada. Ou seja, meu trabalho encontra-se superado. Esse é o objetivo do trabalho científico, ainda que simples, ser superado pela apropriação do tema no meio em que se produz, seja na economia,
na engenharia, medicina, pedagogia.... No caso pela legislação que regulou
inteiramente a matéria no direito tributário/previdenciário.
Lembrei-me
de Max Weber, em sua obra, Ciência e Política, duas Vocações, (Cultrix, São Paulo,
1972). Ele levantou todos os aspectos que o cientista precisa conhecer na sua
meta. Na comparação da ciência com a arte, coloca a ciência como algo que deva
ser superado ou ultrapassado para o aprimoramento do Ser, quanto que a Obra de Arte, bem-acabada, jamais será ultrapassada e muitas delas com o tempo ganham
valor inestimável. Disse ainda:
“Há
um aspecto fundamental que distingue a ciência e a arte. “O trabalho postula o
progresso do conhecimento. Na arte, não existe progresso – nesse sentido...
todo cientista sabe que o que ele realizará estará fora desatualizado dentro de
dez, vinte ou cinquenta anos. Cada ‘realização’ científica levanta novos
‘problemas’ e terá de ser ‘ultrapassada’ e de se tornar obsoleta. Este é o
destino – e, de fato o significado da obra científica, a isso ela se submete e
se dedica. Isto a distingue de todas as demais esferas da cultura que também
exigem submissão e dedicação.” “Todo aquele que deseja servir à ciência deve
adaptar-se a isso.” “... não é só nosso destino, como também nosso objetivo,
que sejamos cientificamente superados.””
A
dissertação encontra-se arquivada no endereço:
Milton
Luiz Gazaniga de Oliveira
Fonte: do fichamento “A ciência como vocação – Max Weber”: https://pethistoriaufsc.files.wordpress.com/2009/04/a-ciencia-como-vocacao.pdf
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