Insisto, como noutros textos já havia descrito, que os
inimigos da Democracia são os Zangões corruptos que devem ser vigiados. Desde
Platão, Hegel, Marx e diversos pensadores preocupavam-se com o questionamento
sobre “Quem serão os Governantes”. Este último atribuía a
governança à ditadura do proletariado, porém, paradoxalmente sempre resultou em ditadura do líder! Contudo, a tese da Democracia impera até
nos governos ditatoriais como suposta legitimação, ou seja, a escolha popular, ainda que sempre o mesmo líder Tirano. No entanto, mesmo diante
da escolha democrática ou popular, seja pela eleição de um governante ficha
limpa, bem como do candidato com o melhor programa de governo, ou mesmo de um líder carismático, quando vencedor era rotina degenerar-se, envolvendo-se ou deixando-se envolver (por ação ou omissão) em corrupção
institucionalizada. Muitos destes até mesmo aprimoravam o sistema da corrupção com novas
artimanhas. Então, vem um novo questionamento “Como poderemos domá-los”
(os governos corruptos) (Karl R. Popper, A
sociedade democrática e seus inimigos. Ed. Itatiaia. B. Horizonte. 1959 pág
356). Nasce uma resposta contemporânea ainda que antes já conhecida, ou seja, a transparência
baseada na efetiva/substancial vigilância, tornando o Estado visível e legível. Na verdade, enquanto resultado desse panóptico sobre a coisa pública, ou seja, um verdadeiro sistema
preventivo e repressivo de vigilância do povo, surge o aparecimento da
corrupção que antes estava escondida sob o manto do fanatismo, descortinando o obscurantismo até então, tornando visíveis os verdadeiros zangões. Assim, comportando a criminalização e recuperação
do patrimônio por eles desviados. Destarte, surgem também outros atores, além do povo, como
o trabalho penal do Ministério Público, AGU-Advocacia-Geral da União, Polícia Federal e Juízes, que se segue em segregar criminalmente
da administração pública tais elementos (Separar os Zangões da colmeia) do patrimônio público
corrompido. Todavia, como último e fatal golpe procedimental, está em que o patrimônio
público desviado deve ser efetivamente recuperado. Nessa tarefa final da linha
de ação encontra-se a AGU-Advocacia-Geral da União, cujo papel Institucional de
Estado reside em reaver o dinheiro público desviado. Ao fechar esta cadeia de
ações, reavendo o dinheiro escondido, "os Zangões morrerão de fome, uma vez que
não sabem trabalhar!”
Milton Luiz Gazaniga de Oliveira
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