sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Estresse Eleitoral

Interessante a matéria abaixo sobre as eleições nos USA. Aqui no Brasil depois das eleições tomarem corpo nas redes sociais, certamente o nível de estresse das pessoas se multiplicou, inclusive, com brigas políticas e ataques pessoais sem conteúdo programático que são transferidos dos candidatos até os eleitores. Isso deprime todos, gerando animosidades.
Não se justifica o atual tempo ou período longo de propaganda eleitoral frente às novas tecnologias de comunicação, uma vez que dos contáveis instrumentos de mídias existentes há uma década, ao contrário disso, passamos hoje aos incontáveis meios e redes de comunicações com milhões de acessos. Portanto, quem não conseguir dar o seu recado e propor um programa de governo de modo claro e objetivo, assim como difundi-lo de forma capilar frente aos contemporâneos meios (redes sociais), então imagino que a manutenção do tempo de propaganda como hoje se apresenta, transforma-se em “estresse coletivo”. Resulta ainda em gastos de dinheiro público em mídia paga direta ou indiretamente, sem resultados consideráveis à democracia. Por isso devemos exigir a realização imediata de uma boa reforma política. Penso que a reforma deve diminuir o tempo entre a campanha e a realização das eleições, e que também o segundo turno seja realizado de imediato (na semana seguinte, já que a apuração de votos pelo sistema eletrônico é bem rápida). Se os partidos políticos quiserem fazer coligações que o façam previamente, definindo isso ainda no primeiro turno, evitando supostas negociatas de cargos. O sonho também seria o de reduzir números de parlamentares nos três níveis de governos (federal, estadual e municipal), extinguindo, anexando ou fundindo ainda unidades municipais que de fato não possuem emancipação (administrativa, financeira e política). Bem como, estabelecer de modo geral teto de remunerações políticas. (Até acho que existe ou existia, sobre a receita, mas sem qualquer efetividade, pois sempre inventam verbas e criam cargos, serviços fictícios, e excluem remunerações disfarçadas de outras verbas para afastar os tetos legais e constitucionais). Então, se a democracia pouco funciona mediante a mera escolha pessoa do governante (já escrevi sobre “Quem Governa?!”), em especial quando muitas destas pessoas quando eleitas usurpam a coisa pública, qual a saída? Certamente teremos que focar na “democracia institucional”, ou seja, o controle pela transparência gerencial e efetiva da administração. Daí a política deixa de estar centrada essencialmente sobre os candidatos (a pessoa), ainda que também seja de importância, para voltar-se ao controle da administração pública, “democracia institucional”, nos três poderes. 

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Milton Luiz Gazaniga de Oliveira


(texto sujeito a correções e alterações) 


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