Na minha visão há mais doutrinação do que
politização, aquela cria o analfabetismo político/funcional. Sempre destinada
em conduzir políticos ao poder. Pessoas “boas por natureza", diria: "antes um bom
selvagem" (Rousseau), mudam com a política e demais interesses urbanos, ao ponto
de chegar a ser considerado “o homem como lobo do outro homem” pelo egoísmo da
autopreservação (Hobbes), passando tal condição ser reconhecida como "uma
natureza humana". Será que nosso grande contrato social (a Constituição Federal)
está falhando?! Pode até ser! Mas tenho notado nos últimos anos um fato preocupante,
é que prepondera a politização vulgar e interesseira. Vejo um vivo exemplo na parte
em que estudantes ou militantes partidários imaginam ser intelectuais
orgânicos! Penso que em parte se deve ao fato de que as escolas,
universidades e pós graduação, especialmente na área de humanas, na qual incluo
o direito, pautaram-se em direcionar ensinos dentro de uma univocidade
doutrinária/ideológica. Tomam equivocadamente como exemplos de pluralismo o materialismo
histórico no sentido de que o pensamento é fruto do produto ou do meio, e
somente dali nasce o legítimo, e eles mesmo que se libertam enquanto comunidade onde o fenômeno ocorre, e até o pensante dali surge. Claro, tem como matriz de pensamento em “colocar a razão em cheque”,
contudo combatem o racionalismo científico sem entregar outra solução, ou seja,
interessa contestar sem reposição de valores, uma vez que “é mais cômodo e mais
encantador criar a antítese do que a tese”, mas inútil às necessidades das pessoas. Por
isso o cientificismo perde forças em especial as ciências exatas e biológicas, das
quais necessitamos, como hoje na área médica resta debilitada. Muitos
trabalhos dissertações e teses, são verdadeiras antíteses! Nas últimas décadas ficou
mais fácil cultuar Marx, Gramsci, Paulo Freire, Simone Beauvoir, esta do
existencialismo, entre outros, que libertam o Ser das obrigações e deveres para
ser o que quiser, pois "você se constrói". Daí inúmeros seguidores querem isso
mesmo, uma vez que vão até ao rumo da libertinagem e vícios, pois a “vontade
está liberada”. Mas não se importam em saber que a vontade, segundo os
pensadores, é limitada pela razão, e quando ela é vacilante, tudo fica liberado!
Digo mais, apesar dos excessivos volumes das obras de Marx e Gramsci entre outros, por
exemplo, podem ser facilmente reduzidos em cartilhas popular. Por isso são
diversos os doutrinadores de “carteirinha/cartilha partidária” nas universidades com esse viés ideológico.
Curioso, pois chegam a negar se em entregar as diversas outras linhas de
pensamentos nas pesquisas acadêmicas! Óh! Como é difícil entender os
pensamentos positivista, tais como, Stuart Mill, Augusto Comte, Durkheim, Karl
Popper..., ou do racionalismo kant, Descart, Locke, Morus, Hobbes... assim como
na religião São Tomás de Aquino, Augustinho.... Claro, muitos desses imitadores
de intelectuais leem um simples resumo de Platão, Aristóteles, Sócrates... e
outros filósofos, sejam eles da natureza, da razão ou mesmo os sofistas, sem entenderem
com clareza a matriz filosófica, porém aptos para os objetivos de utilizar-se da
fenomenologia e linguística, saindo da neutralidade científica à inútil antítese. Então, em observações e
inserções soltas, reforçam a doutrinação de base marxista. Passam, por exemplo, com
facilidades de argumentos racionalistas ao existencialista, bem como ao criticismo,
para justificar ou colocar a razão/racionalismo em xeque, uma vez que a razão
quase sempre controla a vontade desenfreada e o consequente excessivo apetite
sensitivo! Hoje, diante do coronavírus, há diversas bipolaridades. A partidária
é nítida. Mas a pior de todas é vertente dos corruptos, ex apaniguados, mancomunados
de determinadas empresas investigadas que viveram dos saques da coisa pública, as
receitas do Estado. Ora! depredaram
tudo, inclusive a saúde. Mas já escolhem o lado sob o manto de supostamente combater
ditadura, porém, no fundo lutando mesmo para que haja uma anistia geral no
Brasil aos crimes que cometeram e dos futuros delitos contra o tesouro
nacional. Pasmem, agora sob o manto de combater a ditadura, se aproveitam como se inocentes fossem, inclusive dos que não votaram neste governo!
Milton Luiz Gazaniga de Oliveira
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