sábado, 4 de janeiro de 2020

O discurso do lado de cá


Si vis pacem, para bellum, Flávio Vegécio. Frase antiga, mas atemporal. No mundo atual, em face da violência, existem maneiras de viver sem armas. Vejamos: não possuir nada, nem casa nem dinheiro, despindo-se de qualquer coisa de valor, incluindo no seu viver apenas as roupas simples e adequadas para cada estação! Ou ainda, viver num mundo completamente vigiado por um estado policial ou policialesco, onde teremos um policial ou vigia em cada esquina ou porta, multando no trânsito, nos mais diversos comportamentos do condutor, e em outras atividades, em especial nas ilícitas descritas em inúmeras regras, bem como nas criminais em que o delinquente aposta na não resistência do cidadão sem armas. Isto é, um estado burocrático com a atuação dos mais diversos agentes, impedindo, punindo ou compelindo a cumprir, seja em fazer ou não fazer, sempre enquadrando ou impondo inúmeras obrigações, mas nunca dará conta de conter os infaustos acontecimentos . Também, pode haver Estado nação em que os bens e propriedades das pessoas a elas não pertencem e que podem ser retirados pelo estado-governo sem aviso, pois são comuns de todos, como no ideal comunista, e neste caso não haverá  crime de furto, nem de roubo pois as coisas não pertencem ao lesado, então furtar e roubar não interessa, já que poderá ter essas mesmas coisas em comum oferecidas pelo estado. Já em certos estados teocráticos o Ser humano em vida deve seguir antigas e severas leis religiosas ou divinas e para muitos seguir cegamente esses ditames passa a ser difícil. Poderíamos estar inserido naquele em que tudo, incluindo as coisas e os corpos,  pertencem ao Estado como no  socialismo, pois assim, de um modo geral naquele comunista  tudo é de todos e neste socialista tudo é do estado, nas duas situações  seu corpo poderá existir como mero semovente e hipoteticamente não lhe faltará ração, uma  vez que  será escravo do trabalho comum e das ideias ditas de libertação e apoderamento de grupos e segmentos, sempre por ações impostas pelos que decidem, sem que você possa  manifestar-se  contra o que foi ditado pelos governantes, em nome de um suposto bem comum e ou interesses dos diferentes. Então a opção está entre a liberdade individual incondicionada e neste caso, o estado é quem preserva a liberdade, você tem que estar preparado com um “kit” incluindo a sua proteção e segurança, seja financeira e ou de armas pois o estado não lhe entrega a maioria das coisas, uma vez que você deve conquistar. Mas em contrapartida viverá numa nação ou pais em que o Estado defenderá vossa liberdade individual, sendo, pois, básicas e primordiais, já que a liberdade é sabidamente aquilo que o direito natural estabelece e que nem necessita estar escrito e respeitará os limites das coisas que você conquistou e neste real estado de liberdade a constituição tem poucas letras e o direito nela posto vem de longa data sem se alterar. Contudo se não concordar, poderá se inserir no sistema ou na liberdade social condicionada aos demais grupos ou sociedade, e em regra será enganado pensando que poderá impor ideias ao grupo fazendo o uso público da razão, porém o grupo e os mandantes lhes doutrinarão e você fará máxime o uso privado e restrito da razão. Assim estará num mundo como inicialmente descrito, ou seja, de Estados ou Países com uma matriz ditatorial e nesse formato certamente existem muitos estados totalitários no mundo contemporâneo em que uma juventude atual e desavisada não leva em conta ou não quer sentir as privações dos povos que vivem em tais nações, pois discursam no lado de cá!
Não há nada mais assustador do que um homem com uma arma, não há nada tão indefeso como um homem sem uma.” (Do filme, série, Godless).  (mera opinião)
Milton Luiz Gazaniga de Oliveira

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