quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Argumentos Sofistas – Peso da Fumaça

Mas os monarquistas, autocratas, aristocratas, totalistas/ditadores..., são aqueles que costumaram em defender dogmas. Não enxergam ou não querem constatar os substratos das determinações no tempo, pois tal como na sua época passada imaginam jamais deixar de estar estabelecido aquilo que permanecia, não aceitando mudanças. Eles advogam o princípio pré-socrático da permanência “nada provem do nada”. Anaxágoras: como poderia o cabelo nascer do não-cabelo? - que o Ser não poderia vir do não-Ser era a afirmação de que nossos alimentos deviam conter as partes de tudo o que em nós aparece. Mas de um modo errôneo. Logicamente, numa análise primária, de fato, nesse dilema não aconteceria coisas novas em relação à substância em si, e assim a permanência sem uma dinâmica se imporia até ao futuro! No entanto, sabemos que muitas vezes, para não dizer sempre, a matéria não se perde, mas apenas se altera ou muda na substância constituída, pela maneira ou os modos como representamos a existência das coisas, seja ainda pelo denominado acidente (ex., o movimento como acidente da matéria), variáveis, inerência, enfim são determinações que eu Milton não consigo ir mais além. Os defensores da permanência apoiam como era ou foi à forma de governo nos tempos vividos e se opõem a democracia. Mas a democracia transforma em todos os modos relacionados ao seu exercício no seio dos poderes, incluindo pessoas, grupos e determinadas profissões e até carreiras jurídicas.
Os atrelados na permanência acima denominados exercitam a retórica ainda que de forma indireta, mesmo sem caracterizar o binômio maniqueísta do bem e o mal, mas sim com argumentos sofistas bem sucedidos, pois seus fundamentos têm apegos na antiga razão. São ornatos que poderão persuadir facilmente o vulgo, o homem mediano e até o cientista de outra área, podendo até estabelecer o obscurantismo no Estado, ou seja, um poder invisível. Exemplo, perguntasse ao homem leigo, qual é o peso da fumaça? Responderia pela impossibilidade de se saber sobre essa medida; se fosse perguntado ao cientista político, ao sociólogo..., responderia com toda a imposição que o peso da fumaça poderia ser encontrado, pois esse peso seria o resultado da diferença entre o peso da lenha e o peso da cinza que restou da queima, pois nada se perderia com o fogo, como conseqüência do princípio da permanência apenas as formas se alteram. Contudo perguntado ao profissional da área, seja ele um químico, concordaria em parte, porém, diria que esse raciocínio não é dos mais corretos, uma vez que no evento combustão outros elementos do ambiente seriam agregados, o oxigênio por exemplo. E assim acontecem em outras áreas. Na matemática, ao ir de minha casa até o supermercado posso argumentar que é um alvo/objetivo matematicamente inatingível, uma vez que se eu fizer a primeira medida de distância a percorrer, por exemplo, 100 metros, poderia dividir essa distância em infinitos segmentos!? Claro, essa divisão matematicamente se torna possível de indicar frações ao infinito! Mas então nunca poderia chegar ao ponto eleito sem percorrer o infinito. Mas como percorrer o infinito?! e estaria dispensado da tarefa! Contudo, minhas premissas estão mal postas ou empregadas equivocadamente, e nem sofista fui! Digo isso por achar que em nosso meio, tal como na política até os medíocres sofistas conseguem impor uma errônea permanência de privilégios e diferenças em detrimento da verdadeira ciência que estabelece formas e procedimentos de se buscar o conhecimento, invenção e produção, assim como a igualdade de atores enquanto indivíduos, profissões ou sociedade. Sem o necessário apego pela ordem divina ou vulgar, cujas premissas equivocadas poderão nos levar a caminhos impossíveis de se chegar à democracia, pois não seríamos capazes de compreender a mais simples sucessão natural, no comum exemplo da lenha, do fogo, cinzas e nutrientes, pois nesta sucessão não há cinzas sem o bom fogo, o fogo total, o mais vivo de todos os fogos (com o bom vinho, claro...!).

Milton Luiz Gazaniga de Oliveira

A Preguiça

Segundo Plutarco, o grande título de Licurgo “o mais sábio dos homens” para a admiração da posteridade, era ter concedido a ociosidade aos cidadãos da República, proibindo-os de exercer quaisquer mister (atividade).”
Agora falo da Preguiça como princípio genealógico e origem do preconceito ideológico e político.
Se até hoje estivéssemos no paraíso nada faríamos, sendo privilegiados pela fartura, ainda que omissos. Mas fomos expulsos (Adão e Eva) após ter comido o fruto proibido da árvore da ciência do "conhecimento do bem e do mal" e hoje ficamos privados da perfeição e da perspectiva de vida infindável. Contudo permanecemos cultivando a preguiça original, para uns e para outros enquanto moral do bem e do mal, respectivamente. Seria este o princípio genealógico primordial que permite nossa eterna preguiça?! (sem adentrar no âmbito religioso)
Para responder, primeiramente, seria necessário conhecer a alma humana, mas não temos essa capacidade senão apenas lançarmos as primeiras ideias filosóficas escritas.
Platão dividiu a alma do homem numa parte melhor e outra pior. Disse que muitos pensam em sempre ser “senhor de si”, porém podem se constituírem em “escravo de si.”
Mas esta expressão parece-me significar que na alma do homem há como que uma parte melhor e outra pior; quando a melhor por natureza domina a pior, chama-se isso “senhor de si”, o que é um elogio, sem dúvida; porém, quando devido a uma má educação ou companhia, a parte melhor, sendo menor, é dominada pela superabundância da pior, a tal expressão censura o fato como coisa vergonhosa, e chama ao homem que se encontra nessa situação escravo de si mesmo e libertino.”(Platão, pag 125).
A preguiça num contexto geral é contrária à virtude tradicional. No campo das ideologias atua como divisora e matriz do preconceito ideológico (esquerda e direita), como adiante abordamos, enquanto entrave das causas ou tarefas da produção das substâncias apropriáveis e ou consumíveis, pois, as coisas se fazem pelas ideias em prática, pelo trabalho ou até mesmo pela apropriação ilícita dos bens susceptíveis de posse e satisfação dos desejos ou da sobrevivência.
No entanto, o combate a preguiça se inicia na escola, na profissão, no aprendizado desbastando a pedra bruta pelo trabalho do mais simples ao mais nobre ofício, mas sempre pelo rigor da luta. Portanto, a preguiça também divide o bem e o mal. Falo da preguiça orgânica e da intelectual.
A Ideologia e a Localização da Preguiça
Certo! A preguiça faz surgir esse grande preconceito ideológico do bem e mal. No socialismo todos querem dividir as substancias/coisas sem distinção de causas e tarefas que originaram a disposição desses bens apropriáveis às pessoas, ou seja, incriminam a apropriação individual.
Mas as causas dos bens/coisas e substancias foram em regra a natureza, as ideias, o trabalho/tarefas, as conquistadas (muitas ilícitas ou sem mérito) pela apropriação dos bens antes mencionados ou mesmo pela herança por alguns dita como injusta. Ainda que não sejam originalmente os titulares desses bens, os socialista/comunistas reclamam parcela ou o total deles como se sempre fossem derivados de uma causa da natureza ou da apropriação ilícita e/ou injusta, devendo com todos ser partilhados.
No capitalismo todos querem viver negando o ócio, cultivando o livre-arbítrio. 
Então, qual o caminho? Talvez possa ser a ciência e as tecnologias como termo unificador e emancipador desse dilema, disponibilizando os meios de subsistências facilitando a “ociosidade preguiçosa” que designo como aquela em que poderei aproveitar meu o tempo de modo mais prazeroso, mas até então desprovido de fundamentos causais socialmente aceitáveis.
O combate a preguiça seja intelectual ou orgânica enquanto freio das ações e idéias, encontra óbices. Os comunistas argumentam: Não necessito aprender nada; ou o proletário é embrutecido pelo dogma trabalho. Mas a preguiça está no psicológico enquanto ânimo e não na purificação genética de uns e de outros, nem no social, ou seja, está no indivíduo e é sempre no individuo que ela se instaura. Em estando no individuo, não é justo que a sociedade seja complacente com ela. Portanto, o Estado/Governo como Ente não pode estar omisso em relação a sua fixação no Ser, seja na forma natural do ânimo ou artificializada por grupos municiados de doutrinas que cultuam a preguiça.
A religião combate a preguiça indicando sacrifícios para penitenciar o Ser do rol de pecados, muitos destes, direta ou indiretamente, com ela relacionada. Contudo, além da família, é na escola em que ela deve ser dissipada. A preguiça intelectual é um dever de o Estado combater. Não desconhecemos que também é uma questão de método de ensino e conhecimento, uma vez que determinados indivíduos se adaptam melhor numa dada maneira de aprender para dela se emancipar.
O combate à preguiça orgânica é uma questão médica e até complexa, mas na grande maioria este mal se resolve através de exercícios ao corpo.
Com a diminuição da preguiça, todos podem evoluir se beneficiando das técnicas e dos bens produzidos, afastando as teorias que mais atingem o inconsciente coletivo para conseguir adesão dos modelos doutrinários que veladamente adotam a preguiça, venerando a partilha indiscriminada das coisas (sem distinção de causas que originaram a disposição pelas pessoas sobre esses bens/substâncias). Outros que adotam o combate à preguiça para justificar e fixar o livre arbítrio como salvação, crendo que a preguiça é uma predisposição inata ou imanente para distinguir pessoas. Portanto, estas também perderiam o discurso na mesma proporção. A preguiça não mais seria tratada como escrúpulo moral “a priori”, mas uma ociosidade aceitável após a partilha de esforços de tarefas físicas e intelectuais. Assim, “qual é definitivamente a origem de nossa ideia do bem e do mal? (pag. 17 N).
- Maquiando a Preguiça
Claro, com a manutenção da preguiça e dos preconceitos fixados em doutrinas opostas, digo, das teorias políticas na forma binária que simplificam e polarizam as divergências de esquerda e direita, fica adredemente mais aprazível fazer um juízo de valor maquiando a preguiça para conseguir seguidores. Adotam categorias em especial “estar-em-uma-posição” como o dualismo “privação e posse”, colocando este dilema em oposição esmagadoramente no campo das sensibilidades e não das ideias. Classificam os seres de egoístas e não-egoístas, inculcando até o ódio. Trata-se de uma construção silenciosa, aos poucos. E todos classificam os ricos, os poderosos os que mandam. Com isso ocorre a purificação da preguiça em doutrinas de esquerda e de direita. Seja na forma ingênua dos que passam a acreditar, seja pelos precursores conscientes e terapeutas em nome dessas doutrinas ditas como da causa social defensável pelos doutrinados. Desse modo procuram cultivar a preguiça, pois os demais padrões de conduta que indicam a evolução ou mesmo o progresso causam o sofrimento inicial pelo esforço físico ou intelectual. Então, todos procuram se tornar “preguiçosos e refinados” através de uma doutrina maquiadamente mais adequada na posição que se encontra, pois interessa “estar-em-uma-posição”. Prometem a equidade da divisão, mas tem medo da justiça legal e por isso enfraquecem uma das funções essenciais à justiça, pois preferem utilizar a “equidade”, uma vez que a equidade tem matriz mais proeminente no direito natural. Assim, propondo a divisão do pão (Schumpeter) , não importando se o total produzido na nação supre a todos, pois se faltar na partilha o discurso se faz contra o opositor, atribuindo-o o mal, sendo este quem danificou e não atingiu um todo plausível da ora divisão digna. Alguém poderia me indagar se não estaria deixando de lado “a inveja como origem do preconceito”, porém, penso que não, uma vez que a inveja tem menor intensidade do que o ódio. O ódio cultivado em demasia, enquanto última instância doutrinária, pode se inclinar na tomada de Poder e do Estado pela luta armada.
- Como combater a Preguiça
O combate da preguiça pode ser mitigado pela ciência e tecnologias e esse deve ser a finalidade do processo político e ideológico.
A preguiça como princípio genealógico e origem do preconceito ideológico e político, deve ser combatida com a mais simples e eficaz das armas, ou seja, uma escola que possa “oferecer ciência ao povo”. Somente assim “a cidade é maior que o indivíduo? sim. (...).., observando a semelhança com o maior na forma do menor” (Platão 55). Não podemos admitir que tudo se plebeíze, nobreíze, burgueíze e se prodigalize em nome desse suposto bem e mal. No sentido de querer que os cidadãos da república ideal platônica vivam na maior ociosidade, tirando tempo livre para os amigos e para a política. Alguns políticos, sem se importar com a educação e com as profissões que sustentam a cidade, equivocadamente querem ter o título de Licurgo, que antes mencionei, concedendo a ociosidade aos seus tutelados e doutrinados.

Milton Luiz Gazaniga de Oliveira

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Como emagrecer

Particularmente cheguei a imaginar que emagrecer estaria conectado diretamente com o sentido visão, ou seja, o jargão/ditado popular “comer com os olhos”. Faço uma explanação bem simples. Certa vez notei que minha visão estava deficiente, cansada, embaralhada e tinha que aproximar os olhos do escrito para ler. Ao mesmo tempo percebi que estava ganhando peso. Contudo, nada me fazia crer que existia uma conexão com a visão. Para minha surpresa, foi quando consultei o oftalmologista o qual constatou que devia ampliar as lentes dos óculos, para melhorar a visão. Após o uso das novas lentes percebi que tudo estava maior, até o prato de comida que eu servia antes agora estava grande demais. Quando tirava os óculos ele diminuía, colocava e aumentava... O moral da história: “nunca mais tirei os óculos para fazer as refeições” e fui todos os anos no oftalmologista e até “cheguei a uma leiga conclusão de que para emagrecer devia usar uma lente maior ainda”, mas fui impedido pelo meu especialista, que me aconselhou procurar um profissional da área de nutrição. Portanto, procure um profissional da nutrição!

Milton Luiz Gazaniga de Oliveira

Exercer a profissão da música

É escolher o caminho da felicidade, já que o instrumento musical é um dos meios mais inteligentes de apreciação da matéria em forma de vibrações ao penetrar na mente sem ferir (exceto os decibéis em demasia). Todavia, cuide para que a verdadeira música seja mais que uma profissão, mas também uma virtude. Segundo Aristóteles, “a Musica é uma disciplina moral e um deleite racional,... o nobre emprego do lazer é o objetivo mais elevado a que um homem pode aspirar;” (a Política, Livro VIII).
Milton Luiz Gazaniga de Oliveira

Sobre minha linguagem

Gostaria de ser extremamente claro nas minhas expressões, mas não consigo. Ludwig Wittgenstein afirmou que “os limites da minha linguagem significam os limites do meu mundo”. Se eu dominasse a matemática seria através dela que expressaria minha voz, pois seus símbolos são isentos de flutuações culturais, mas isso me deixaria frio, calculista e extremamente cartesiano.

Milton Luiz Gazaniga de Oliveira

Sobre a confiança e amizade

Descartes foi severo demais ao afirmar – “aquilo que nos enganou, mesmo uma só vez, nunca mais merece a nossa confiança, tornando-se duvidoso.” (giles, p.17). No entanto, produziu outro conceito sobre amizade de modo suficiente ao afirmar: “Quando se estima o mesmo de igual forma que a si próprio, isso se chama amizade.” (Descartes – As Paixões da Alma, Editora Escala, São Paulo. pg.73). Por isso, ao construir uma amizade procure iniciar pelas coisas simples, falar das mais comuns possíveis e de fácil entendimento e ou compreensão. Como por exemplo, sobre o aparecimento de pássaros no quintal, das flores e frutas que nasceram, brotaram e produziram, as boas músicas e danças. Deixe seus problemas complexos fora das amizades, pois eles farão com que ela desapareça. Fale das coisas simples e o bom amigo fará com que se abram luzes sobre todos os problemas. E tem amigos tão engraçados que farão com que vocês façam a primeira viagem à lua! Portanto, a amizade pertence às coisas simples.

Milton Luiz Gazaniga de Oliveira

A Moeda e a nossa Remuneração

Se consultássemos os “contemporâneos déspotas esclarecidos”, os oráculos, ou até mesmo o polvo (aquele da copa do mundo 2010), diriam que em regra se reconhece uma nação civilizada por alguns sinais, símbolos e costumes de que se utilizam. Se hipoteticamente estiveres naufragado e, nadando ao continente (terra), chegares até a praia e sobre ela encontrares traçadas figuras geométricas, fiques comovido e alegre, pois não encontrarás um povo bárbaro! Do mesmo modo se, por um acidente ou desejo de descobrimento, vieres a parar/chegar junto a um povo desconhecido e visualizar uma moeda, fiques certo de que encontrou um povo civilizado, pois o uso da moeda exige uma cultura ou conhecimento de um símbolo de valor (das riquezas..., mensuração das coisas e padrões de trocas etc.,). Assim ocorre também com as necessidades de códigos, de modo que em regra as leis se relacionam intimamente como a nação cuida de sua subsistência. Contudo, um código penal, leis e instituições penais imensas são corretas para um povo pouco civilizado, inculto, sem escola, etc. Do mesmo modo as leis civis severas servem para um povo ganancioso, com costumes e maneiras não recomendáveis e sem ética... Na verdade os ilícitos e os delitos são os pressupostos do direito, das penas prescritas nas leis para serem imputadas. Aliás, os inimigos da nação quase sempre são: os hipócritas enganadores, os pérfidos defraudadores, os fanáticos opressores, os ambiciosos que a usurpam (cargos), os corruptos e sem princípios abusadores da confiança do povo. Portanto, a grandeza da nação indica no sentido dela precisar minimamente dessas regras insurgentes contra os referidos vícios e elementos nocivos que pairam em seu território. (aqui, nesta nação, seria um desastre se não tivesse tais leis!)
Mas o que pretendo enfocar é exatamente o uso da moeda. Se esse povo estiver se utilizando de qualquer espécie de moeda, certamente pode-se dizer que se encontra em estado de civilização, pois “deixou de explorar a natureza pura”, inclusive, pode acumular riquezas para aperfeiçoar a sua conservação.
No entanto, “um povo que não faz bom uso da moeda é lançado à sorte!” Podendo ser escravizado pelos inimigos acima (des)qualificados. O bom uso da moeda quase sempre resulta de um bom desenvolvimento das nações e dignidade de seu povo. Ao contrário o mau uso da moeda faz surgir “diferenças entre os iguais”, levando a situações inaceitáveis! São nações em que, apesar de tudo estar regulado nos códigos, mas os inimigos dela sempre procuram aplicar suas paixões individuais sem qualquer remorso, apostando na cegueira do cidadão!
Utilizam-se da lingüística (um discurso, político, jurídico, médico...), através de um sistema de signos, criando novas categorias, destoantes até mesmo do conteúdo disciplinar, espalhando uma semiologia do poder no sentido de afastar o cidadão do conhecimento, ou dizendo e oferecendo-lhe “tutela” (oque ele deve fazer, comer, tomar, andar, vestir...) em substituição da justa “emancipação” ou autonomia.
Com tais instrumentos agregam amigos (mas na verdade, são os temidos inimigos da nação) para justificar as diferenças de atribuições, remunerações, posses aquisições..., fazendo com que a moeda não mais seja real, mas contemplativa dos eloqüentes desejos insalubres acima declinados, que no fundo causam um grande mal à nação.
Milton Luiz Gazaniga de Oliveira
Teoria base:
- Montesquieu – Do Espírito Das Leis – texto integral – tradução, Jean Melville.. Editora Martin Clarete, São Paulo, 2002 (Livro Décimo oitavo – Das Leis quanto às suas relações com a natureza do solo)

- Warat, Luiz Alberto. O direito e sua linguagem. Porto Alegre, Fabris, 1984, 103p.